segunda-feira, 9 de julho de 2012

O feio também é belo


A cigana que não encontra sua medalha. O sapato que não entra no pé.
O nome que não sai da cabeça. O sorriso que não chega aos lábios.
O olhar que te persegue mesmo de olhos fechados. 

A distância. O medo. O inseguro. A solidão. O inóspito. O inabitável. 

O colchão que dá dor nas costas. A luz que não apaga.
A pessoa que faz falta.
O passarinho pela manhã. O carro buzinando. O cheiro de gasolina.
A busca pelo que não se tem. O desprezo pelo que se já conquistou.
O arrependimento. A felicidade de alcançar. A inteligência em administrar.

O belo. O imperdoável. O desejável. O consolador. O cheiro.

Caminhar. Sonhar. Buscar. Esquecer. Lembrar. Lembrar. Aceitar.

Viver...

Sentir...mesmo que a dor, mesmo que a lágrima salgada.
Sentir o que se recebe, e o que se dá.
Viver o que se tem, é também amar.

Triste é aquele que não percebe que aquilo que dói também é divino, também é belo. Deve-se supera-lo...Mas nunca lamenta-lo.

Agradeça! Aceite! Nada é tão bom que mereça permanecer intocável...


2 comentários:

leandro pereira disse...

E quando eu li fiquei pensando se poderia ser para mim...Que idiota que fui...

Carolina Bonfim disse...

Uma pena julgar um pensamento tão coerente como idiota. Nos tornamos prisioneiros de sentimentos tão inferiores. As vezes construímos o cenário do nosso martírio... E pensar que em 21 de fevereiro eu estava ao seu lado...
Uma pena se sentir idiota, quando estava certo. Era para você, lamento só ter visto isso agora.