Beatriz ainda quer este nome, continua vivendo o vicenal. (-A brisa parece a mesma de 4 anos atrás.)
As vezes procura a caneta e não acha , então deixa para depois. Como agora! Pensou em guardar num potinho para o outro dia, mas lembrou de uma questão que transformou uma lembrança, em lamento.
Por zelar Ana Clara, Beatriz não entende certas palavras não sonorizadas de Pedro. Tão certo quanto a beleza da lua, o príncipe já virou sapo faz um bocado de tempo.
(-Estranho... Ana deve ser realmente indesejável, intragável, ingolível. O que com alguns cálculos nos traz a certeza do mal caratismo.).
Pedro age como a Mulher Empática, faz desfeita de um simples “OI” com os olhos, daqueles que não requer esforço, você só levanta as sobrancelhas e sussurra: “oi”. Ele coloca no saco preto de lixo o: “Obrigado por ser você”. E varre da pequena cabeça de Beatriz a possibilidade da sinceridade.
(-Pedro você tem o coração encouraçado?).
Bia conhece um homem. Homem de carne e osso. Parece um sonho, mas é de carne, alma e osso. Alguém, por favor, a belisque!!!
(-Você já vai encerrar esse parte?-) diz abrindo a porta e deixando assim a luz entrar no cômodo. (-Você acha que Pedro recebe o recado?) diz queimando todo o texto.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Parte 7- Beterraba
Tudo para ela eram sons. Sons vivos e alegres.
(-Preciso aprender a tocar outras músicas. Outras notas.).
É uma fase nova. Uma fase de reconstrução, de resgate. É preciso segurar no colo a criança Carolina.
Princípios, valores, ética, moral. O significado exato de cada palavra não sabe. Sabe que é preciso desperta-los, tirar o pó que os cobre.
Tivemos dias de verão, e isso anima qualquer mecânico de beira de estrada. Com Beatriz não foi diferente.
(-Desculpa Carlos, mas hoje suas palavras não tocam meus ouvidos!)
O que move o mundo? O que faz viver? Sobreviver? Ganância? Sexo? Prazeres? Amor? O Paraíso? A evolução? Talvez seja mais fácil rodar o mundo do que o cara do aquário.
Pode acontecer de chover muito. Muito mesmo. A água que cai do céu, pode atingir certa velocidade e em ritmo muito rápido, a água machuca a pele, dói nas folhas. Algumas flores caem. A chuva varre a terra. Após uma grande tempestade, a copa de uma árvore volta a enxergar suas raízes, os motivos pelo qual está em pé.
Beatriz tenta enxergar seus pés.
(-Preciso aprender a tocar outras músicas. Outras notas.).
É uma fase nova. Uma fase de reconstrução, de resgate. É preciso segurar no colo a criança Carolina.
Princípios, valores, ética, moral. O significado exato de cada palavra não sabe. Sabe que é preciso desperta-los, tirar o pó que os cobre.
Tivemos dias de verão, e isso anima qualquer mecânico de beira de estrada. Com Beatriz não foi diferente.
(-Desculpa Carlos, mas hoje suas palavras não tocam meus ouvidos!)
O que move o mundo? O que faz viver? Sobreviver? Ganância? Sexo? Prazeres? Amor? O Paraíso? A evolução? Talvez seja mais fácil rodar o mundo do que o cara do aquário.
Pode acontecer de chover muito. Muito mesmo. A água que cai do céu, pode atingir certa velocidade e em ritmo muito rápido, a água machuca a pele, dói nas folhas. Algumas flores caem. A chuva varre a terra. Após uma grande tempestade, a copa de uma árvore volta a enxergar suas raízes, os motivos pelo qual está em pé.
Beatriz tenta enxergar seus pés.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
É preciso lembrar!
(escrito em 02/07/2008)
Nesses últimos dias, tenho me dedicado muito a esquecer. Esquecer requer muita habilidade... São horas investidas nos aspectos negativos da situação, muita psicologia para enxergar o que é passado e vários banhos frios.
Esquecer é uma trapaça! Esquecemos o que não devíamos, como o celular em cima do carro, a chave de casa, o aniversario de alguém querido, o documento. E o que realmente é interessante esquecer, aquele canalha perfeito, aquela mancada da amiga, aquele erro ridículo, a oportunidade que passou...Não esquecemos!
O mais sacana, é que quanto mais nos preocupamos em esquecer mais lembramos...mais lembramos! Só esquecemos mesmo quando não nos preocupamos com esse fim.
Nada melhor para ilustrar essa sacanagem do que aquela música insuportável e idiota, que toca em todas as rádios e você não entende como alguém ouve aquilo. Aí, um infeliz passa cantando do seu lado e pronto! Pode esperar uns 3 dias, é essa a música que vai ficar na sua cabeça enquanto faz a prova, tenta dormir, e enquanto tenta lembrar da bendita música, que você adora, mas você ESQUECEU!
Foi tentando esquecer que percebi quanto tempo eu gasto esquecendo, sendo que seria bem mais inteligente lembrar! Tantas coisas preciso lembrar.
Tenho que lembrar que a fome no Brasil existe. Que a guerra mata crianças. Tenho que lembrar do dia em que o PCC parou São Paulo, e que esses líderes foram crianças educadas por um sistema. E da corrupção, da ditadura, das crianças descalças que vejo trabalhando no farol.
Tenho que lembrar do índio que foi espancado para divertir os outros. Tenho que lembrar do Machuca, da Amazônia.
Preciso lembrar que sou brasileira... e que essas barbáries são Minhas!
Nesses últimos dias, tenho me dedicado muito a esquecer. Esquecer requer muita habilidade... São horas investidas nos aspectos negativos da situação, muita psicologia para enxergar o que é passado e vários banhos frios.
Esquecer é uma trapaça! Esquecemos o que não devíamos, como o celular em cima do carro, a chave de casa, o aniversario de alguém querido, o documento. E o que realmente é interessante esquecer, aquele canalha perfeito, aquela mancada da amiga, aquele erro ridículo, a oportunidade que passou...Não esquecemos!
O mais sacana, é que quanto mais nos preocupamos em esquecer mais lembramos...mais lembramos! Só esquecemos mesmo quando não nos preocupamos com esse fim.
Nada melhor para ilustrar essa sacanagem do que aquela música insuportável e idiota, que toca em todas as rádios e você não entende como alguém ouve aquilo. Aí, um infeliz passa cantando do seu lado e pronto! Pode esperar uns 3 dias, é essa a música que vai ficar na sua cabeça enquanto faz a prova, tenta dormir, e enquanto tenta lembrar da bendita música, que você adora, mas você ESQUECEU!
Foi tentando esquecer que percebi quanto tempo eu gasto esquecendo, sendo que seria bem mais inteligente lembrar! Tantas coisas preciso lembrar.
Tenho que lembrar que a fome no Brasil existe. Que a guerra mata crianças. Tenho que lembrar do dia em que o PCC parou São Paulo, e que esses líderes foram crianças educadas por um sistema. E da corrupção, da ditadura, das crianças descalças que vejo trabalhando no farol.
Tenho que lembrar do índio que foi espancado para divertir os outros. Tenho que lembrar do Machuca, da Amazônia.
Preciso lembrar que sou brasileira... e que essas barbáries são Minhas!
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